A vida de Santa Rosália é uma prova de que o
homem, pela graça divina, consegue desapegar-se de tudo aquilo
que o mundo oferece.Os pais de Rosália
pertenciam à alta aristocracia da ilha da Sicília e, por
laços de parentesco, estavam relacionados com a família
real. Seus pais eram Sinibaldo e Roses, descendentes de Carlos Magno. A
mãe se esmerou em dar à filhinha uma
educação aprimorada (quadro 1 ).
Em nada se
descuidou para garantir à menina um futuro risonho e feliz.
Outro, porém, foi o plano de Deus que implantou no
coração da donzela um ardente e forte desejo de pertencer
unicamente a Ele. Impulsionada por estas aspirações,
afastou-se da casa paterna (quadro 2) e escolheu para morada uma gruta
inóspita, bem afastada da cidade (quadro 3).
Rosália, muito antes
de executar esse plano, tinha tomado providências. A gruta de que
se trata, acha-se perto de Palermo, na base do monte chamado Montreal.
Singularíssima na sua formação, como nenhuma outra
se prestava para ser habitada.
Naquela gruta viveu Rosália por algum tempo, como
atesta a seguinte inscrição: "Eu, Rosália, filha
de Sinibaldo, Senhor de Montreal e Roses, habitei nesta gruta por amor
a Jesus Cristo". Não é conhecido o motivo que determinou
a Santa a abandonar esta gruta. É provável que tenha
passado para uma outra, mais retirada ainda, no monte Pelegrino.
S.
Bernardo, pesquisando a vida de Santa Rosália, chega a esta
conclusão: Supõe verdadeiro heroísmo renunciar a
todo o auxílio humano, vendo-se rodeada de perigos e exposta
às mais terríveis e perigosas ciladas do demônio.
Grande
foi a dor de seus pais. Mandaram emissários por toda a
parte, à procura da filha. Estes lhe encontraram os
vestígios na primeira gruta e quando chegaram à segunda,
a Santa sem vida, na posição de uma pessoa que dorme
(quadro 4).
Numerosos
foram os milagres com que Deus glorificou sua serva. A
extinção da peste, que naquele tempo vastava a
Sicília, foi atribuída a intercessão de Santa
Rosália.